Como é feito o soro antiofídico?
- Danielle Pires Machado
- 19 de set. de 2015
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Apesar de existirem soros específicos para diferentes gêneros de serpentes, um dos processos de produção seguem o mesmo padrão.
O veneno é extraído da serpente capturada previamente. Depois de coletado, o veneno é introduzido no cavalo em doses leves incapazes de matar o animal, isso porque os equinos apresentam forte resposta imunológica e maior resistência a venenos e toxinas e seu organismo reage desenvolvendo anticorpos.
Esses cavalos recebem acompanhamento médico-veterinário, e uma alimentação ricamente balanceada.
Após 40 dias retira-se uma amostra de sangue do animal imunizado, e mede-se o teor de anticorpos que o organismo dele produziu para se defender do veneno. Quando o teor de anticorpos atinge o nível desejado, retira-se 5 litros de sangue do cavalo, após 48 horas mais 5 litros, e de novo 5 litros após mais 48 horas.
A parte vermelha do sangue (hemácias) é devolvida ao animal, através de uma técnica desenvolvida no Instituto Butantan (plasmaferese), que reduz os efeitos colaterais provocados pela retirada da grande quantidade de sangue.
A parte líquida desse sangue, ou plasma, é purificada e concentrada, e o soro anti-ofídico específico assim obtido é submetido a vários testes de controle de qualidade:
Atividade biológica - verificação da quantidade de anticorpos produzidos;
Esterilidade - detecção de eventuais contaminações durante a produção;
Inocuidade - teste de segurança para o uso humano;
Progênio - detecção da presença dessa substância, que provoca alterações de temperatura nos pacientes;
Testes físico-químicos.
No organismo da vítima, os anticorpos do soro se misturam com o veneno, neutralizando sua ação pouco a pouco. Em geral, o paciente se restabelece após um dia de tratamento
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